prece.

Não sei se é assim que se pede, se é esta a prece. Mas ouve-me, por favor. Se o objectivo é que eu roce a loucura, não te esforces tanto: eu já lhe sinto o sabor a fel. Já lhe sinto o sabor salgado. Posso ter-te deixado instalares-te como se eu fosse a tua casa, mas é mentira. Eu não quero ser. Mas tenho medo de me mexer. Tenho medo de ter que ir buscar o que todos os dias só quero esquecer. O que vive comigo, mas eu contorno com a mestria possível. Eu não o consigo fazer e se tu não te fores embora nada está a salvo. Por isso, por favor, ouve-me. Parte, percorrendo o mesmo caminho que fizeste para chegar. Porque já basta o mal que faço a mim própria para todos os dias o esconder. Malae

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