24 de Novembro.


Tenho saudades. Muitas. E todos os dias.
Um beijo.
Malae


«I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world»

.

«Tenta, tenta-se tanto que chega a doer. Mas parece que tudo o resto gravita para demonstrar que mesmo no meio de tudo isto vais ser sempre insuperável. E isso também já farta.» Malae

nas tuas águas.

Banham-se os meus sonhos

Nas águas quentes que te formam

Curam-se as minhas feridas

No sal das tuas lágrimas

Percorrem os pés descalços

Os caminhos do rumo certo,

Do mundo imaginado, da realidade que se materializa!

É o teu ar puro a salvação desta vida

Encoberta nas nuvens cinzentas que no céu bailam

Mas que não conhecem o ritmo forte e doce

Das tuas palavras, da tua alma, do teu viver

Voam os meus pensamentos pelas montanhas

Da tua esperança imortal e invencível

Nessa força que busco para renascer

Faz essa viagem a alma que sonha, sonha

Nessas asas que cruzam os céus do mundo

E que pousa e descansa na terra quente

Onde a vida continua na plenitude do querer

E os dias correm ao ritmo do amor que pinta o coração

Ah, Timor! Que o sol que todos os dias nasce

Dê corpo a este sonho

Companheiro das noites longas

Lenitivo que dá sentido à vida!*

Malae

* reeditado

sem resposta.

«Tenho a imagem gravada e não encontro justificação. Queria apenas perceber. Quando naquele dia, já tão distante para ti, olhaste para o sítio onde sabias que me irias encontrar... que procuravas? Foi apenas o derradeiro e final teste? Sabes… durante muito tempo, lembrei-me de ti ali. Naquela imagem que me parecia tão perfeita. E que me fazia acreditar e dar passos em frente. Porque me lembrava de ti. E foi totalmente dispensável.» Malae

ahora y siempre.

«Por vezes, somos absolutamente estúpidos. Principalmente, quando nos entregamos, ou entregamos a alma, a perguntas que não devemos fazer. E que se perpetuam no tempo. Como se este não fosse já demasiado pesado e precisasse de companhias absurdas. Mas deixamo-nos levar por aquele palpitar que nos quer fazer acreditar. E tantas vezes perguntamos: e se um dia fosse diferente? Se por um instante algo mudasse as cartas na mesa? Será a diferença que esperamos?
Mas nunca se pôs esse cenário. Porque a mudança nunca foi sequer equacionada. Iria haver sempre uma solução, porque o passado estava lá. Com o tempo e a cruz que carrega. Portanto, a pergunta era estúpida. E isso devia ser uma realidade incontornável. Tal como o tempo. Que voou. Também ele estupidamente preso. Afinal, o principezinho também pode mentir. Ele sempre teve tantas virtudes como defeitos. A ideia contorce o espírito mas é real. E o sorriso e o brilho nos olhos traziam essas virtudes e esses defeitos. Que ficaram presos a uma pergunta absurdamente estúpida. Que até no passado terá tido a resposta errada. O caminho não pode ter nem mais pedras, nem mais estradas. Resta saber quanto tempo irei demorar a ren
ascer.» Malae