Rahun tinan foun 2009


Sorrisos. Muitos sorrisos.

Porque tudo acaba bem se acabar num sorriso.

E sonhos realizados. São eles que nos fazem sorrir.

Tal como os pequenos nadas que dão cor à vida.

Que eles não faltem em 2009.

Para que a realidade seja um sorriso!

Os sorrisos podem ser a melhor coisa do Mundo...

Feliz Ano Novo

Malae








de espacio.


«E eu sempre te disse: 'não me faças sentir especial.'
mas tu só quiseste saber do que se passava entrelinhas.»
Malae







.


«You'd kill yourself for recognition,
Kill yourself to never ever stop
You broke another mirror,
You're turning into something you are not»

Se foi para provar que estava errada,
(eu) não valia tanto esforço!
Malae









Natal Diak

Por entre sorrisos, histórias e memórias.
Uma noite feliz e com estrelas.

« And in our world of plenty we can spread a smile of joy
Throw your arms around the world at christmastime»


Feliz Natal Merry Christmas Feliz Navidad Joyeux Noël Buon Natale
Fröhliche Weinacht Häid Jõule Prettige Kerstagen Kellemes
Karacsonyi Ünnepeket God Jul Srecan Bozic Cestit Bozic Glaedelig Jul Hyvaa Joulua
WesoTych Swiat Bozego Narodzenia Veselé Vianoce

Natal Diak.

Malae








arco-íris de parabéns.






São uma mistura entre o sol e a chuva.


Como a vida é de alegrias e tristezas, de lágrimas e sorrisos.


Que a tua, amiga, continue a fluir entre todos os estados,


que todos os dias te permitam dizer: vivo, aproveito e sou feliz!


Como mereces.


E que os 28 sejam mais um passo rumo às tuas conquistas.


Eu estarei aqui sempre para te ver.



Parabéns, Dany!


Malae















«no line on the horizon»


Contagem decrescente.

Chega a 2 de Março de 2009.

E promete. Como sempre.

Malae








sorteio.


A questão que se coloca é simples.

Não podiam, antes, vir visitar-me a Alvade?

Os senhores da UEFA nunca acertam...

Malae








percepção.

Vem daí. Anda-me buscar.
Ainda não reparaste que o tempo voa?
Não percebeste que o relógio não volta atrás?
Anda lá. As forças, a mim, começam-me a faltar.
Malae


*«You could be my someone
You could be my scene»








autopsicografia.

«O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.»
(F. Pessoa)
Malae
[Obrigada (por me aturarem), Dany, Tanita e Rodolfo.
E desculpem (pelo mesmo motivo).]

.

«Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.»
(Pablo Neruda)
Malae

1.


Este sorriso vale ouro!

(e não é conversa de tia!)

Parabéns, Rodi!

Malae







diez.

«E esse foi o sorriso mais bonito que alguma vez vi. Andrea»


Memórias. Sempre memórias. Aquelas que não fogem, nem se perdem. Mesmo que o corpo queira. Memórias. Essas que, de qualquer maneira, aquecem dias difíceis. Malae

24 de Novembro.

«O Norte foi como veio
sem avisar, sem um gesto
sem um grito ou manifesto
sem dizer se isso lhe dói»

(«Neva sobre a Marginal», Luís Represas)


E o teu sorriso às vezes já (me) é tão desfocado.
Perdoa-me.
Um beijo.
Malae








.

«nowhere fast»
Malae








12 de Novembro de 1991.


A memória não esquece.
Jamais.
Malae

yes, we can.


Fez-se História. Construiu-se Mundo. Ganhou-se Humanidade.

«Esperança, mudança e futuro».

O sonho americano que se expandiu ao Mundo.


Barack Obama.



«(…) and those who tell us that you can't... yes, we can.»



Malae


história?


«Seamos realistas,exijamos lo imposible»

Já dizia o Che.

Malae








3 d's.



Dios. Diez. Diego.

Feliz cumple. 48.

Y gracias.

Malae

.






«Since you've gone,


I've been lost without a trace»


Malae








[já custa lutar contra o cansaço.]















.


Dizem que todos, durante a vida, temos um.
Eu vou falar com as estrelas.
Malae
[ha'u hanoin o tebes-tebes]







roubo&oferta.

E, invariavelmente, todos os dias, há algo no meu sorriso que vai contigo.



«Don't leave me high, don't leave me dry.»


Malae

* foto Dany

PS: “O S. quer ir, em breve, de férias a Portugal. Ofereci-te como guia." Ele traz o teu azul, mas não traz o teu sorrir. E agora?! Posso dizer que não quero?!








palabra de dios.



«"Estoy muy contento por el Gringo. Tenerlo dentro del equipo es algo saludable", afirmó Diego. Siempre es palabra santaMalae

okay?

«Eu não quero, porque não gosto. Talvez, quando me socorro das palavras, dê essa ideia, mas não gosto. Não gosto de me sentir assim, não sei, ainda hoje, lidar com isso, e irrito-me profundamente com isto. Porque até sentada, e perdida nos pensamentos, me sinto a dar passos em falso. É, lá fora andam situações muito piores, bem sei. Sou injusta, cruel, mesmo, dirão muitos, mimada. Mas sinto-me assim! Outra vez. Sem muita força, sem muita vontade, apenas perdida. Como se todos os sons que chegam lá de fora fossem estranhos, como se todas as cores me ferissem os olhos… Apetece-me chorar sem parar (e será que ainda o sei fazer?) e esperar. Que chegues até mim, me tires as mãos da cara, sorrias e diga a coisa mais disparatada que te passar pela cabeça. Eu vou reclamar, dizer que é sério, olhar para ti e rir-me. Depois, tudo é já passado e estou pronta para outra. Não consigo acumular mais nada. Porque me sinto prestes a rebentar. Desde o dia, e ainda não percebi porque o fizeste, que decidiste que me devia sentir importante, que o rumo das coisas deixou de estar nas minhas mãos. Cedi, deixei-o ir sem lhe dar a minha opinião e nunca mais o recuperei. Sabes? O teu abraço era mesmo o sítio mais bonito e seguro do Mundo. E eu sinto falta dele. Porque me sinto a rebentar. Sem querer explodir para cima de ninguém, sem querer dar parte fraca. Mas mesmo sentada dou passos em falso. Optei por falar contigo. Ah, as crónicas da demência não têm fim, eu sei. Mas não me vais ler, logo, é indiferente. Quero, apenas, que saibas que o teu sorriso continua a ser lindo. O teu abraço talvez tenha o mesmo poder. Usa-o sempre que possas. Nem imaginas o bem que fazes. Vou fechar os olhos, quiçá ver-te, e vou sorrir. Sabes, não anda mesmo fácil. Mas hoje o dia nasceu bonito. Está um vento frio. Deve ser para não esquecer que estamos vivos. O céu está azul. Deve ser o sinal de que amanhã será um novo dia. Mesmo aí, não me deixes aqui, okay?»

Desabafo. Malae

do equilíbrio.

Numa conversa fortuita:

R. diz:
o cérebro deixa o coração ser impulsivo, amar vertiginosamente, desejar até à loucura, ser uma "gostador" obsessivo;
R. diz:
o coração permite ao cérebro dizer-lhe que tem que estar preparado para perder tudo o que quer, da pior maneira possível
R. diz:
o coração aceita e permite ao cérebro fazer escolhas emocionais, no sentido de optar por aquilo que os fazem sentir verdadeiramente bem
R. diz:
depois de escolherem, nem olham para trás e não se lamentam. porque sabem ambos que pode dar merda de grossa!


Se quisesse, podia até descrever-me, admito. Mas perco-me sempre. Nunca chego ao fim. Aliás, é no princípio que deixo o equilíbrio. E, agora, com novidades. Chegou essa palavra feia que é a inveja. Sinto-a no feminino. Que me lembre, nunca tinha acontecido. Mas nestas madrugadas longas aparece. Porque ontem, hoje e amanhã, quero o teu sorriso. Aquele. Malae

siempre.

«con el alma de un guerrero y el pundonor de un caballero». Malae


09.09.81


Por tudo
e
apesar de tudo...
É sempre de agradecer!

Malae

do zero.

«In love, in fear, in hate, in tears (..)

(...) Sit down next to me»
Malae








sussuro.

«O tempo corre devagar. Mais um dia que deixo fugir perdida em pensamentos e saudades. São muitos já, sabes? O relógio parece que não anda, mas quando se dá por isso, já passaram mais 24 horas. E, nessa altura, é impossível recuperá-las. O dia segue apenas o ritmo da noite. O sono fugido, a rádio, baixinho, a debitar as notícias que dão o sinal que mais meia hora passou, o sol a raiar de novo. O corpo dorido de tantas voltas e de tanto pedido de clemência para adormecer. A cama revoltada, como se tivesse por ali passado uma guerra. Quase que podia jurar que ouvi a tua gargalhada. E senti o teu cheiro de volta. Como voltou, naquele instante, a falta que me fazes. Às vezes, é demasiado complicado escondê-lo. A minha loucura já é por demais conhecida, não precisa de ser publicitada. Depois, aquela chuva miudinha e aquele cheiro a terra molhada não ajudavam. O maldito relógio continuava a correr, nem sei a que ritmo, e só me apetecia ter-te ali, sentir-te, tocar-te. A mente, não raras vezes, recusa-se mesmo a obedecer à minha consciência. E isso irrita-me tanto. Os dias, estes que agora começam, são largos. Olho para as palavras perdidas e parece que escrevo «As crónicas de uma demência anunciada». Que me vou arrepender do que aqui vai e do que aqui se diz. Porque eu sou assim, e não me parece que vá a tempo de mudar. Mas, que raio, fazes-me falta. De todas, e tantas, formas. Da mesma maneira que me apetece dizer que me fazes mal. Tanto. Mas não tenho direito de te pôr essa culpa em cima. Ou se calhar tenho. Mas temo que não me apeteça, ou não consiga. É, continuo sem saber o que fazer. Incrível, tanto muda e tanto fica igual. E eu, que nunca me deixei encontrar, continuo perdida. Sussurro, imploro quase, um «por favor, importas-te de ir embora». Mas tenho medo da resposta. E, muito mais, do bater da porta.»

Malae

sem bandeiras.





Do coração.


Malae
















rasgos de imortalidade.




Obrigada!

Aos dois primeiros, pelo arrepio e pelo orgulhos!

Aos segundos, pela perplexidade!

Aos quatro, pela História.

Malae







girl&heart.

"pois, de maneiras que é assim..."
Mais vale esquecer.
Mais vale não tentar compreender.
Malae








vela.


«De um sono (pouco) velado

para uma esperança por compreender.»

Malae








esperanças e sonhos.







A ele:
toda a força para a vitória que vai conquistar.



A ela:
a certeza de que vai triunfar e realizar o seu sonho.


[É impossível não continuar a vê-los como meninos. Os nossos!]


Malae

08.08.08

[magia no dia de um número especial]



Começaram.


Que sejam inesquecíveis.


E mudem um Mundo fechado.



BOA SORTE, PORTUGAL!

Malae
















destino.

«Mal me quer.
Bem me quer.
Prometo que guardo segredo.»
Malae





[Sevilla tiene un color especial.]

segredo.

«Hoje, acordei com a tua gargalhada.
E isso, meu amor, vale o Mundo.»

[memórias. das janelas dessa casa...
lembranças. partilhadas por estas paredes]

*saudade

Malae








high.and.dry



«és(-me) igual e fazes(-me) sorrir. lês(-me) a alma e assustas(-me).»

Malae







.

São palavras desarticuladas, sem sentido e sentidas. São pensamentos desconexos, reprimidos e lembrados. Por muitos lamentos e lamúrias que existissem, eram pessoas queridas. Ajudavam a aguentar a «missão impossível» que os últimos tempos se tornaram. A situação deu contornos ainda mais dolorosos. Não foi mais uma. Parece que criou um marco. Vão fazer falta naquele mundo tão próprio e impossível de perceber fora daquela porta, onde cada vez menos se percebe o elo da motivação e ligação. Foram um «momento», apesar de ser um «até breve» e não um «adeus». E o barco continua perdido, agitado, como se do fundo não fugisse. São angústias partilhadas, soluções sem concretização à vista segredadas. É o sentir entre o quanto injusta posso estar a ser ou decidir se, pelo menos uma vez, temos direito à revolta? É pensar onde me perdi, onde ando, para onde vou. A cabeça lateja. Dói até pensar. A areia fina que corre entre os dedos, os sonhos que fogem, o viver que se perde. Hoje, não é um bom dia para escrever. Hoje, foi um dia mau.

Malae

passado. presente. futuro.

«E nenhuma pessoa crescida compreenderá nunca
como isso pode ter tanta importância!»

Malae


90 (maior que o mundo).




"Percorri esse longo caminho para a liberdade. Tentei não fraquejar; dei passos errados ao longo do percurso. Mas descobri o segredo: que, depois de escalar uma grande montanha, apenas se descobre que há muitas mais montanhas a subir. Parei um pouco para descansar, para deitar uma olhada à vista maravilhosa que me rodeia, para olhar para a distância, de onde vim. Mas posso descansar somente por um momento, porque com a liberdade vêm as responsabilidades - e não me atrevo a demorar-me, pois a minha caminhada ainda não terminou.” *

Parabéns, Herói.
Parabéns, Símbolo.
Parabéns, Liberdade.

Obrigada, Madiba.

Malae

*«Longo Caminho para a Liberdade»,
autobiografia de Nelson Mandela



sonho&realidade.

«(...) Faraway, so close (...)»
Malae








tempo&espaço.



«A un minuto de ti, voy detrás de ti.

A un minuto de ti, te seguiré.»

Malae







rahun di’ak ba loron ohin (30).

[Porque o coração não evita dizê-lo…]


Parabéns. Rahun di’ak.
Malae






pergunta II.



«Será que vais ser (eternamente) o melhor de mim?»

Malae

[«i am still enchanted by the light you brought to me»]

pergunta.

«podem esquecer-se quase três décadas de memórias e voltar a viver aos (quase) 27?!»

Malae


(desenterraste o pior de mim…)

dois dias.

Navegante da Lua, dizem!

«Amigos para siempre
Means you'll always be my friend
Amics per sempre
Means a love that cannot end
Friends for life
Not just a summer or a spring
Amigos para siempre»
OU, quando o tempo se encarrega
de pôr tudo no devido lugar!
Obrigada.
Malae








brilho&luz.

«És, durante a noite, o sol que brilha.»

Malae


semáforo.

«Devemos habituar-nos a isso:
nas mais importantes encruzilhadas dos caminhos da nossa vida,
não existe sinalização.»
(Ernest Hemingway)




(lá. corpo, alma e vida. perdidos, recordados. sentidos. lá, na encruzilhada.)

Malae





102. amor. scp

102 anos de história.

102 anos de paixão.

102 anos de vida.



«Esforço, dedicação, devoção e glória. Eis o Sporting»

Malae

espelho.

Ponteiros, umas vezes desajeitados, outras perdidos.
Horas sem fim, ou de sorrisos ou de lágrimas.
Minutos gastos, num contínuo da memória, numa corrida do futuro.
Um relógio, parado, certo, indefinido, crente.
Uma alma, olhando um relógio.
Malae



«Whatever makes you happy

Whatever you want

You're so fucking special

I wish I was special»

reverso.

Passou rápido o dia/ vai longa a noite, e eu amo-te/ choro-te, num mundo de sonhos/ com uma mão cheia de nada. Malae

62. aniversário



Parabéns, Guerrilheiro da Minha Alma! Sempre!

Malae

[* mesmo com um dia de atraso]








visita.

«A cama move-se com o teu sentar. Mesmo que o faças da maneira mais discreta possível. Primeiro, uma vigília tranquila, num reconhecimento após muita ausência, feito quase a medo. Depois, a coragem para avançar. O teu cheiro, posso jurar que se sente no ar. És aquele som tão característico que no silêncio se percebe. Com um toque suave, afagas os cabelos espalhados pela cama. Num suspiro, um beijo doce na face. Ao lado te deitas, com um braço protector e um doce embalar. Não me mexo, para que não despertes. Eu, eu não estava a dormir.»

Malae

.


«if i could reach, higher
just for one moment touch the sky
from that one moment
in my life»
Malae
* MCL
















Mais um passo.


Obrigada e Parabéns, Portugal!

Malae

[a foto está linda!]








antónio. joão. pedro.

Os Santos.
Estão a chegar as festas populares mais bonitas do ano.
E as lembranças.
E as saudades.
Que nestes se construam mais memórias.*

[* Ei, tu! Dás-me um mãozinha? Menina dos Cabelos de Linho]

Malae










Boa sorte.

Uma bandeira na janela e uma nação no relvado.


FORÇA,PORTUGAL!

Malae














.

«Gracias, Dios.»
Malae

magnífico [primeira reacção].

«Yo quiero el aire que tiene tu alma
yo quiero el aire aquel que vive en ti
yo quiero el aire, aire que derramas
aire pa' quererte, aire pa' vivir»

«These are my words
Our words were our songs
Our songs are our prayers
These prayers keep me strong
Its what I believe
If you were in these arms tonight»


Transcendente. Inesquecível. Fantástico. Sublime.

[mais palavras, se as houver, quando o choque passar.]

Malae

acordes.

Tantos, tantos anos a cantar uma vida. Mais do que duas mãos, tão cheias de tudo e tão cheias de nada. Uma melodia sempre certa, uma frase encaixe perfeito. Como se fosse obrigatório haver banda sonora em todos os passos. E agora, os acordes perfeitos. Uma alma que estremece só de pensar em ouvi-los. Porque mesmo que quisesse escrever, não o faria tão bem. Malae

erro.*

«É de manso que voltas
Mas é de repente que arrebatas a minha alma
Doce ilusão, triste saudade
Agrura de um dia sem sol, de uma noite sem estrelas
Perdido em lágrimas esgotantes
Fazes de mim sentido ser

Habituado a errar e a perder
E a sorrir na tua ausência
Como se o mau pudesse ser bom
E o que doí fosse sinónimo de alegria
Estás lá, nas linhas da minha vida
Na certeza do novo dia!»


Um outro livro...

Malae

* [sistemático]

Sem resposta.

E as saudades? O que faço às saudades? Malae

it was a fall. it's a long way.

«i was unconscious, half asleep. the water is warm 'til you discover how deep. i wasn't jumping, for me it was a fall. it's a long way down to nothing at all»

Malae

carta.

«Deves estar a descansar a esta hora. Não tarda e os primeiros raios de sol começam a surgir no teu horizonte. Aqui ele já não brilha no céu. Será que vais acordar bem-disposto? Ou, algo que é raro, só muito depois se te pode dizer algo? Estes últimos tempos tem sido povoados por pensamentos como estes. Como estás, o que tens feito, como te sentes, até o que tens vestido.
Nesta última tempestade, e pela primeira vez, senti que te perdi. Porque faltaste, como nunca tinha acontecido. Será que o teu, talvez sexto, sentido se perdeu? Ou pura e simplesmente é ignorado? Mesmo tão longe e distantes, nunca uma palavra tua falhou. Um abraço teu envolto no espaço. Um sorriso levado pela brisa da distância. Milhas que nunca o foram. Mas que agora são espadas, afiadas e cruas, que não nos deixam aproximar.
Senti. Percebi. E despedi-me. Em tantos locais que partilhámos. Talvez o devêssemos ter feito naquela último café a dois, quando ambos percebemos que nenhum de nós o faria e fugimos. Não se apagam páginas inteiras de uma vida. Mas guardam-se. E sei, porque o sinto, que tu já as colocaste numa qualquer gaveta.
Não, não consideres isto uma crítica. Apenas uma contestação dolorosa de quem assina a nota de culpa. Sempre achei que nunca se deve dar nada por garantido. E eu, que sempre acreditei nesse lema, muito menos o devia fazer. Não eu. Mas fiz. E errei. Achei que estarias sempre aqui, porque a eternidade para nós não teria distância. Quando levaste as lembranças físicas, não me importei e deixei. Pensava, que burra eu, que as memórias chegariam, pois tudo o resto estaria sempre ao virar de qualquer esquina. As barreiras não existiam entre nós. Mas existem, porque as criámos. Porque deixámos. Fugimos para a frente numa estrada sem caminho. E tu escolheste o teu.
Um dia, recordo, no meio de uma discussão, com um motivo que ainda mais magoa, disseste-me secamente: "deves ter um grande motivo para agir assim". Não me lembro da resposta, não sei sequer se te respondi. Mas faço-o hoje. Fi-lo, como depois repeti, e acho que sempre o farei, porque nunca amei com o meu lado bom. Esse esconde-se sempre. Foi sempre o lado errado a entregar-se. Talvez seja o único que o sabe fazer. Mas fá-lo tão mal! E, com isso, enterra-me, revolve-me, destrói-me. Merecias tudo de mim, e eu dei-te apenas os poucos que consegui. Quando tentava dar mais, estava perdida em caminhos errados. Foste o meu lado mais egoísta. Peço-te desculpa por isso, e mais sincera não posso ser. Sempre fui egoísta quando o assunto eras tu. Como? Como pude permitir-me isso?! Como deixei que a minha cegueira levasse dos poucos que procurou e me deixou ser.
Agora, é tarde. Percebo-te. E só espero que chegues onde queres. Desejo-o como se fosse para mim. Por isso, a despedida. De letras e não de sons. Porque eu não consigo dizer e tu não queres ouvir. O que me magoa mais. Ter-nos destruído.
Estas linhas devem fazer pouco sentido. Mas andavam-me a consumir à tanto, tanto. Já doía pensar, esconder, guardar. Não sei se quer se fazem juros ao turbilhão que sinto. Tenho esperança que, mesmo escondido, por aqui passes e deixes que te diga o que mereces. Obrigada por me deixares ser, por me ensinares, por não teres desistido de mim. Não foram muitos, e melhor do que ninguém sabes disso.
Não falo em despedidas, aquelas que todos tememos. Não, quando te guardo em mim ainda. Não o que foi. Digo apenas «até já», mesmo sabendo que o breve nunca chegará.
Queria apenas fazê-lo condignamente. Dizendo-te que a ti, amar-te-ei sempre! Porque é no meu lado melhor que estás guardado. E que, quando o sol for dormir, irei sempre sorrir. Porque está a nascer para ti. E sei que nunca vais desistir dele.»

[Comemoras hoje, Timor, seis anos de liberdade, sonhos e obstáculos. Ha'u hadomi o!]

Malae