Do alto do Jamor.

«Num estádio que é verdadeira paixão, tantos amores, com tudo o que isso significa, me correram à memória. Como se todas aquelas escadas trouxessem recordações longínquas e tão próximas, ao mesmo tempo. Foi o desfiar de tantas vidas, de tantas presenças, de tantos momentos. Mas de ausências. Muitas e demasiadas, como aquelas que podemos aguentar. Tal como se cada final fosse um pequeno filme do que se passou. Antes, durante e depois. Do alto daquela pedra, linda e sem fim, as imagens voaram em catadupa. Ali, tão distante quanto se pode estar do que é nosso, voltei a perceber o que já foi. O que é. E o que não será. O que poderá ser, não se sabe. Tudo o que faz parte de nós ensina-nos mais um pouco. E, na chuva que foi caindo e escondendo o sol, houve saudades. Muitas e demasiadas, como aquelas que podemos aguentar. E, num ápice, começaram-se a desenhar as linhas de uma despedida que se sabe já certa, que se escreve há tanto. Como é tanta a falta e a distância que separa os dois lados do [nosso] Mundo.»

Malae


1 comentário:

You Will Follow disse...

E ainda há quem pense em retirar a final do Jamor ou em recontruir esse estádio mítico...
Há coisas que não se devem mudar.
Confessa que por entre essas recordações...estava a mítica músiquinha "o jardel é..." ahahah não podia deixar de recordar. E a noite acabou com a malta a dar comer ao cão do inácio e tu a receberes uma camisola do Nuno(mas a minha é mais gira ora toma).