Tu, Timor.

«Desculpa se te desiludi. Desculpa se te empurrei do meu horizonte, não negligentemente, mas numa conclusão dorida. Eras o meu sonho mais querido, o meu objectivo mais definido. Nada existia, mas tu estavas lá para me socorrer e dar esperança. Tu, Timor. Essa terra tão longe e tão dona do meu coração. Foste sempre a esperança, mesmo quando perdida, foste sempre a boa-hora, mesmo em noites de tempestade. Vendi-te a preço de saldo. Como tantos outros sonhos. Mas tu dóis mais. Porque eras aquele que nunca podia acabar, acontecesse o que acontecesse. Eras o caminho final. Não sei como te deixei, em que momento. Pareces-me agora tão distante, tão longínquo. Talvez tenha sido no momento em que me deixei de ver como pessoa. Talvez antes, talvez depois. Não sei. Gostava de perceber. Quiçá me deixasse justificar e roubar este vazio. A tua luz está lá e acalenta. Falta a força. Perdoa-me, é o que me resta dizer. Porque ao afastar-te, atraiçoei-me a mim.»

[i'm caught in between with a fading dream. Freddie Mercury. In my defense]


Para que amanhã o sonho renasça. Malae

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