diário quatro.

Já perdi algumas pessoas na vida, mas todas de forma repentina. Ninguém chegou perto de mim com uma sentença de morte, tornando todo o tempo seguinte um minuto de adeus. Mas é o que sinto desde aquele dia: que alguém te traçou uma sentença e que entrámos em total contagem decrescente. E é por isso que me mato eu para agarrar todos os minutos, para que eles não possam fugir. São tão estúpida, esqueço-me tantas vezes do essencial. Não há sentença nenhuma, preciso de repetir incessantemente. Nenhuma. Tu continuas a existir no mundo, tu, o teu sorriso, os teus olhos, o teu abraço. Tu continuas a existir no mundo e isso faz com que todas as voltas que a Terra dá valham a pena. Malae

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