15.

O sorriso mais bonito do mundo.
Ontem, hoje e sempre.
Porque não havia nada antes disso.

Malae

24 de novembro.

Amo-te.

(e tenho tantas saudades tuas como necessidade de respirar)

Menina dos cabelos de linho.

carta a (um) Neymar.


Vens de bola controlada e ar gingão como se fosses o dono do Mundo. Mas não o és: és mais um. Mais um adversário, mais um inimigo, mais um. Podes ter o nome que quiseres, mas és mais um. E vais entender isso, porque neste campo de batalha quem manda sou eu. Podem estar milhões a elogiar-te, mas é comigo que tens que lutar. E a mim apetece-me dar-te luta. Com o que tudo isso implica. Não olhes para mim com pena, vai custar-te ainda mais caro. A minha vontade é fazer de ti bocados. Para que depois querias fazer de mim pedaços. Podíamos nunca mais sair daqui. Sem saberes, estás a ajudar-me. E eu a ganhar. Vais-me dando luta e eu vou matando o que me apetece. A começar por mim. Vais-me dando luta e eu vou dar razão a todos os que acham que eu não presto. Só para me provar a mim mesmo que é assim. Não tens que entender, não sabes nada. Vens de bola controlada e ar gingão e não entendes que há quem enfrente a vida onde tu procuras um golo. A cada um a sua história. Vais cair, vais protestar, vais reclamar, mas quem se vai rir sou eu. Vou-te mandar para a puta que te pariu, enquanto choco o mundo, vou oferecer-te porrada e vou rezar para que te vires a mim. Se tu me bateres, eu posso reagir. E tu estás autorizado a fazê-lo. Não sintas pena, não aches que me sabes ler quando olhas para mim. Tu estás a decidir o que fazer à bola e eu a decidir o que fazer à vida. Não penses que sabes o que está detrás de um sorriso, de um olhar ou de uma piada. Não sabes. Porque não imaginas que me apetece partir tudo enquanto faço isso, até não sobrar nada de mim. Não penses que levas vantagem porque me vês de lágrimas nos olhos a rir-me da minha própria figura. Porque eu sou eu e os meus demónios. E tu vens de bola controlada e ar gingão mas não me podes ganhar no meu terreno. Podia até pedir-te desculpa, mas não o vou fazer. Porque, no final de tudo, não me dás luta. Não ganhas e viras costas. E deixas-me inteiro. A esperar, todos os minutos, que apareça a oportunidade de voltares, tu, com esse nome ou outro qualquer, de bola controlada e ar gingão, e eu poder fazer de mim tudo o que me apetece. Não olhes para mim e não sorrias. Porque as contas do meu destino acerto eu.
Das metáforas.
Malae.

se Existes.

Por favor. Malae

.

Disseste "siempre". Então, explica-me porque não estás agora, quando és mais preciso? Malae

«you know nothing, jon snow.»

«As pessoas não sabem nada. Essa é a verdade. Continuam a dar-me os parabéns a 9 de Setembro porque continuam sem entender que eu nascia a 4 de Dezembro, 17 anos depois. Insistem porque nem tentam perceber. Mas eu também andei errada. Sempre achei que todos os bocadinhos do meu coração tinham morrido algures a 30 de junho, quando deixei de te ter todos os dias a meu lado, ou noutro dia igual de Dezembro em que nasci, quando me deste um beijo na testa e me mandaste ter juízo, com um sorriso traquina nos lábios... Engano puro: tudo o que vivia em mim morreu na madrugada de 11 de julho, existam mais seis meses ou não. Morreu na tua dor, morreu no teu olhar ferido, morreu nas lágrimas que partilhámos e que nunca mais pararam. Morreu. Em ti, numa metáfora de "do pó nasceste, ao pó voltarás".

Por mais voltas que dê não são muitas as vezes que encontro explicações: porquê só derrotas, tudo tão difícil, tudo esquecido, tanta gente a virar costas, tanta mudança num estalar de dedos porque sim, tanto abandono, tanta perda... Tanta coisa feia. Depois recordo-me: a vida permitiu-me conhecer os olhos mais bonitos do mundo. A salvação num sorriso de menino. O mundo na mão quente das terras do outro lado. O respirar no abraço mais seguro de todos.

És a melhor pessoa do mundo e nunca deixes que ninguém te diga o contrário. Diz-lhes sempre que o teu mau feitio é o teu melhor lado. O que te faz dizer as coisas mais certas, escolher os caminhos que levam aos castelos, o que te torna inigualável. Diz-lhes que lutaste com sangue, suor e lágrimas para chegar ao topo, mas que venceste.  Que tens três pequenos "eu" para continuarem o teu orgulho e que um monte de pessoas te ama de maneira louca. E diz-lhe que um dia salvaste uma criança perdida. Não te esqueças desta parte: é a mais importante, mesmo que talvez nem te lembres. Essa menina vive por causa disso.

Sê sempre tu. Agora, aos 55 e aos 95, chato e rezingão. O mundo seria um lugar melhor com mais gente igual a ti. Tão cheio de defeitos, tão teimoso e com um coração tão grande que tudo isso desaparece. Sempre tu. E essa é a tua maior vitória. Jamais desistas dela.

Enquanto o fizeres, algures no mundo as estrelas vão ser sempre lindas. “E nenhuma pessoa grande jamais compreenderá que isso tenha tanta importância." As pessoas não sabem nada.

Amo-te.

Andrea.»


(Gracias. Malae)


mais um.

Não és o maior, o melhor ou o mais fantástico. És tu. E isso é insuperável. Enhorabuena, campéon. Malae.

02x07.05.2001x12

As saudades matam. As saudades doem. E vocês fazem-me tanta falta. Malae

amor&liberdade.cravos&revolução.

Meu Herói.
Obrigada,
25 de Abril, Sempre.

Malae

por um minuto.

Saudades. Saudades, saudades, saudades. Não há outra palavra a usar, só esta. A que come corpo e alma, a que devora a vida. São tantas, que nem todas as palavras do mundo chegariam para as reclamar. Lá fora está frio, mas aqui o gelo é cortante. Nada teria valor se em troca viesse um abraço teu, um sorriso e a promessa de que tudo ficará bem. Se se propagasse no ar o som da tua voz a usar o segundo nome proibido a todos e música no teu cantar. Por um minuto. Apenas por um minuto. O suficiente para recordar o significado da vida. Para ganhar fôlego, esperança, vontade. Para lembrar o que se sente quando se vive e o coração pulsa como nunca. Para não esquecer que o sol e o céu azul estão sempre atrás das nuvens mais escuras mesmo que não se vejam. Para não ter medo das pedras, das pontes e das horas... Saudades. Ainda te lembras do significado da palavra? Malae

confissões.

«Odeio-te. É isso que quero que saibas. Odeio-te. Há mais de 20 anos, para ser correcta. Uma vezes mais, outras vezes menos. Naquelas vezes em que sou eu que vou ganhando a guerra. Ou me vou enganando quanto a isso. Não posso ganhar a guerra se aqui continuas, certo? Mas odeio-te. Tanto como odeio lágrimas e amo os sorrisos que me roubas. E odeio-te ainda mais quando olho e vejo um reflexo derrotado. Sem coragem para te vencer. Sem força. Odeio-te. Porque já me fizeste acreditar que tinhas partido e voltaste. Para te instalares. Não sei como te mandar embora sozinha. Mas não o posso fazer de outra maneira. Odeio-te. Já te disse? Menina dos cabelos de linho.» Dos primeiros passos. Malae

do coração (que não do sangue).

Gostava que imaginasses. Era sinal que não tinhas esquecido. Para perceberes que todos os dias me matas um bocadinho. Que a tua tristeza também é a minha. Queria que tudo fosse como antes. Para poder passar as minhas mãos pela tua barba já tão clara, despentear-te esse cabelo já grisalho e dizer-te "vai ficar tudo bem". Mesmo que ambos soubéssemos que dificilmente assim seria. Como naqueles dias, há tantos, tantos anos, em que discutia contigo, para depois me aninhar no teu abraço. Não sei o que se passa e tenho medo. Tu és dos bons. Dos muito bons. Ainda que tenhas um mapa de erros tão sem fim como o meu. Seria engraçado, se não fôssemos nós. Que somos apenas demasiado orgulhosos. Ou demasiado estúpidos. Eu tenho saudades tuas. Toma conta de ti, por favor. Vais ser sempre o mais velho. Malae