«E por um dia queríamos que tudo fosse diferente. Voltar a sentir, saber sentir, ter motivos para sorrir. Sentir esta dor que tanto se transforma em raiva, como em melancolia, desvanecer-se e desaparecer. Porque já não chega que adormeça. Está provado que acorda. Queríamos saber ser boas pessoas. Não falarmos e não sentirmos que cada vez que o fazemos cravamos mais uma faca naquilo que somos. Quando, na verdade, nem sabemos muito bem o que isso é. Não ter expectativas, ansiedade, sonhos. Principalmente quando eles são inócuos e só têm uma via. E se possível que tudo isto não se juntasse ao mesmo tempo. Porque, hoje, custa até respirar. E só era preciso que tudo fosse um bocadinho diferente, afinal. Mas como o podemos pedir quando destruímos tudo o que nos rodeia?» Malae
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