do dia-a-dia.
E, a partir de certa altura, tornou-se sufocante. Uma tortura sem pitada de prazer. A pior das obrigações. Malae
prece.
Não sei se é assim que se pede, se é esta a prece. Mas ouve-me, por favor. Se o objectivo é que eu roce a loucura, não te esforces tanto: eu já lhe sinto o sabor a fel. Já lhe sinto o sabor salgado. Posso ter-te deixado instalares-te como se eu fosse a tua casa, mas é mentira. Eu não quero ser. Mas tenho medo de me mexer. Tenho medo de ter que ir buscar o que todos os dias só quero esquecer. O que vive comigo, mas eu contorno com a mestria possível. Eu não o consigo fazer e se tu não te fores embora nada está a salvo. Por isso, por favor, ouve-me. Parte, percorrendo o mesmo caminho que fizeste para chegar. Porque já basta o mal que faço a mim própria para todos os dias o esconder. Malae
pride (in the name of love)
Como o miúdo cresceu. E se tornou lindo. Mas quem poderia ter dúvidas que o principezinho iria virar rei? Malae
quando não andamos a melhor das pessoas.
O pouco sentido que (ainda) existe encontra-se, possivelmente, nas coisas mais improváveis. Em amizades renovadas, em músicas repetidas mas cada vez melhores, em sorrisos novos, em páginas secretas de histórias hilariantes, nalguns dos de sempre, que são sempre de sempre. Em momentos banhados a Licor Beirão. E, neste momento, não se sei se quero mudar isso. Ou mesmo se consigo. Malae
but my heart is heavy and my hope is gone.
Vai-te embora, por favor. Vai. Não tenho força para lutar contra ti, mas não te quero deixar ganhar esta guerra. Vai. Deixa-me dormir, sorrir, viver. Vai. Deixa-me quieta no meu canto, não tornes tudo mais difícil. Vai. Porque eu sou cada vez menos de ferro. Vai, por favor. Não gosto de ti, nunca te quis ter na minha vida e, hoje, duvido que te derrote como já o fiz antes. Vai. Estou esgotada, cansada, só e perdida. E tu estás a aproveitar-te disso. Vai, por favor. Deixa-me manter intacto o tão pouco que resta. Malae
do esquecimento.
«Entre o que foi, o que é e o que pode ser vivem recordações. A vida nunca parou, nem o coração morreu. Nada deixou de acontecer, nem o relógio parou. Mas quando um dia se conhece a perfeição, nunca mais a esquecemos. E ver-te sorrir continua a ser algo incrivelmente belo. E, acho que não é difícil perceber: mas porque haveria de esquecer o melhor que a vida me deu? Nada deixou de acontecer, nem nada vai deixar de acontecer. Se tiver que acontecer. Mas nunca nada disso vai apagar a melhor das minhas memórias. Quando percebi que a imperfeição anda de mãos dadas com a perfeição. E me perdi. E, não, não o quero esquecer. Porque foi aí que me encontrei.» Malae
de pernas para o ar.
Está tudo do avesso. E eu dava tudo para ter o mundo direitinho, como sempre o quis. Ou não? Malae
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