Queria.

Queria ter-te junto a mim. Queria sentir-te próximo, sentir-te realmente. Queria uma saudade que se tornasse dolorosa e quente. Que não fosse um fogacho passageiro que todos os dias morre e raramente cresce. Queria que me mudasses. Que desses algum sentido ao correr dos dias. Queria ver nesse sorriso o espelho que me aquece a alma. O caminho certo para percorrer. Queria olhar fundo nos teus olhos. E ver neles o sonho de menina que acredita. Queria uma lágrima que caísse. Mas uma lágrima certa, uma lágrima triste mas feliz. Queria conseguir mudar. Sair da camisa-de-forças que me detém. Queria redesenhar a história. Passar por tinta o futuro que não crio. Queria conseguir alcançar-te. Tornar-te num desafio à minha maneira. Queria escrever-te. Sinal que te tornavas importante. Queria. Mas o meu querer está preso. Não preso a ti, não preso a mim. Preso. Mas eu queria. Por mim. Que por ti não há querer. Queria. Acredita que queria.
Malae

1 comentário:

Anónimo disse...

por vezes sentimo nos presos...por nao estar presos...

sentimos que algo nos falta para que consigamos dar akele grito k temus guardado cah dentro, um toke k nos solte a gargalhada escondida, o olhar k liberte o tremor envergonhado...

queremos sentir saudade...akela saudade reconfortante, que tem ah espera no regresso A pessoa, O sitio...

gostei...interpretei ah minha maneira...gostei mesmo muito!

beijo enorme ávó!